Playlist: Os 10 melhores álbuns de 2014

Também na humilde opinião de Manusinia, claro!

2014 foi um ano bem interessante pra mim em termos musicais. Conheci muitos artistas, cantores, bandas, performers… porém, curiosamente, isso não se reverteu em muitos álbuns memoráveis. Eu escutei vários em 2014, mas só alguns realmente marcaram e tiveram ~potencial~ para entrar nesta lista, então fazê-la não foi tão difícil assim. Ah, preciso dizer que dois álbuns daqui são de 2013, mas isso é só um detalhe quando se trata de música boa, né rs? A ordem é aleatória, já que eles são muito distintos entre si. Simbora!

1. Sia – 1000 Forms of Fear (2014)

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Minha expectativa para o 1000 Forms of Fear foi tão grande que ele poderia entrar aqui só por causa dela, mas o fato é que não fiquei frustrada nem decepcionada, pelo contrário: escutei esse álbum compulsiva e apaixonadamente, decorei todas as músicas, criei clipes imaginários para todas elas e virei fã de Sia, essa cantora e compositora australiana que eu não conhecia em Janeiro mas amo em Dezembro de 2014. Melhor álbum pop do ano.

Review completa do 1000 Forms of Fear aqui.

2. Paulo César Baruk – Graça (2014)

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Eu conheci Baruk em 2013 enquanto me preparava para o Oxigênio daquele ano e confesso que inicialmente achei que a musicalidade dele não tinha muito a ver comigo, mas no final acabei me rendendo por um simples motivo: o cara é BOM, e provou isso (ainda mais) com seu novo álbum. Engraçado que eu também tive essa sensação de “Que loucura, gente” quando escutei a segunda faixa (que basicamente reúne todos os gêneros musicais já criados) do Graça, mas hoje em dia ela é uma das minhas adoradas, e o álbum, um dos meus principais companheiros musicais do ano. Letras inspiradas, um Baruk brilhando nas performances vocais e uma sinceridade que tem faltado na música evangélica brasileira. Ah, e adoro o conceito de Baruk estar “afogado num mar de graça” rs.

3. Os Arrais – Mais (2013)

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Eu conheci Os Arrais em 2014 enquanto me preparava para o Oxigênio deste ano e inicialmente nada me chamou muito a atenção, até o álbum chegar em “Rojões” e eu ficar levemente fascinada por essa canção. Não lembro exatamente quando comecei a escutar o álbum com mais atenção, mas o fato é que ele virou meu companheiro de ônibus, reflexões e orações no meio do dia. A dupla de irmãos Arrais representa exatamente o que falta na música evangélica brasileira: essência em Deus, foco na Bíblia e desejo de exaltar ao Pai e não de ser exaltado. Tudo isso permeado por lindas melodias e vozes harmoniosas, com destaque para a de Tiago Arrais, que é grave e forte do jeito que eu amo. Vale a pena acompanhar a saga da dupla.

4. Royal Blood – Royal Blood (2014)

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Não lembro bem quando ou onde eu conheci o Royal Blood, só sei que a ideia por trás da banda era: a salvação do rock. Lógico que eu precisei conhecer a coisa toda com uma denominação dessa e até escrevi um texto aqui no blog a respeito. No final das contas, não acho que os dois jovens de Brighton vão salvar qualquer coisa a não ser meus ouvidos do tédio, já que seu álbum de estreia é muito bom. Nunca tinha parado pra escutar esse tipo de rock mais soul e sexy e confesso que gostei bastante da experiência, especialmente se ela vem acompanhada do baixo que tem som de guitarra de Mike Herr e da bateria frenética de Ben Thatcher. Um deleite.

Tem playlist com as melhores do Royal Blood aqui.

5. Arctic Monkeys – AM (2013)

AM

Eu demorei MUITO tempo pra gostar do AM, possivelmente pelo fato de que quando ele foi lançado eu estava conhecendo o Arctic e viciada nos primeiros álbuns da banda, que pouco têm a ver com o lançamento de 2013. A coisa começou a mudar quando, por estar viciada em R U Mine, me peguei com One For The Road na cabeça. E assim, uma a uma, a beleza de cada música do álbum foi ficando clara pra mim. As letras elaboradas e complexas, as melodias estranhas mas que se tornavam familiares com o tempo, a vibe rock ‘n roll. Na verdade eu não sei dizer exatamente por quê gosto tanto do AM ou por quê ele é tão bom. Só sei que vale a pena amar esse negócio.

Tem post especial sobre a passagem do Arctic pelo Brasil aqui!

6. She & Him – Classics (2014)

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Esse já tinha lugar reservado aqui na listinha desde que foi anunciado. She & Him é minha dupla favorita e sua sonoridade vintage é um deleite para os ouvidos desde seu primeiro álbum. Agora, a qualidade de Zooey Deschanel e M. Ward chega a um outro nível quando eles exploram a sonoridade de outras épocas, Zooey se arrisca mais em termos vocais e clássicos da música ganham uma nova roupagem digna de sua importância. Um álbum simplesmente delicioso de se escutar.

Tem performances deste álbum aqui!

7. Jars of Clay – 20 (2014)

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Outro álbum que já tinha presença confirmada aqui assim que foi anunciado, afinal: um álbum comemorativo dos 20 anos do Jars of Clay não tinha como dar errado. Pra quem não conhece, o Jars é uma banda americana fundada nos anos 90 e que tá na estrada até hoje, falando de Deus, da vida e dessa coisa louca chamada humanidade. O fato é que eu não conheço nenhuma outra banda que mexa tanto comigo e é justamente por isso que eu tenho uma certa dificuldade em escutar o 20: as primeiras músicas já me destroem. Pegaram algumas das mais melancólicas do Jars e colocaram logo nas primeiras cinco faixas, gente! Isso é tortura! O arranjo acústico que permeia todas as canções e as inovações dentro do que a gente já conhece tornam esse álbum absolutamente indispensável pra quem é fã, já foi fã ou deseja se tornar fã. E não sei se é coisa da minha cabeça, mas consigo sentir uma emoção e uma gratidão pulsantes na voz de Dan Haseltine, mais viva e forte do que nunca.

Menções honrosas:

8. Coldplay – Ghost Stories (2014)

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O Coldplay, outra banda favorita minha, começou o ano inesperadamente anunciando um monte de coisas novas que eventualmente levariam ao seu novo álbum, Ghost Stories. Minha relação com ele foi um pouco estranha. No dia de seu lançamento para streaming, junto com o vídeo exclusivo para iTunes que deu cara a todas as músicas, fiquei absolutamente imersa naquele universo. Escutei o álbum durante as semanas seguintes, aprendi e cantei suas músicas, imaginei covers, vi performances ao vivo. E de repente tudo isso parou e eu basicamente esqueci que o álbum existia. Considerando isso e o contexto no qual o álbum foi lançado, sem turnê em mente, chego à conclusão de que o Ghost Stories nunca foi um álbum pra marcar a nossa vida ou permanecer no player do celular durante o ano inteiro. Ele veio, passou sua mensagem, aproveitamos e depois continuamos nossa vida como se nada tivesse acontecido, o que de certo modo é triste pois indica que o álbum é esquecível. Bom, mas não o suficiente.

Review completa do Ghost Stories aqui.

9. Linkin Park – The Hunting Party (2014)

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Eu estava muito, mas MUITO animada para o lançamento do The Hunting Party. Com a constatação de que o rock tá meio sumido das paradas e euzinha com uma necessidade urgente de encontrar músicas do gênero que me agradassem, o anúncio do novo álbum de uma das minhas bandas favoritas provocou efeitos de ansiedade e alta expectativa em mim, até que… o álbum saiu em Maio e até hoje eu não consegui escutá-lo por completo. Não se enganem: a promessa de ser um álbum mais agressivo, pesado e visceral foi cumprida, mas as músicas acabaram ficando meio que muito parecidas entre si e descontruídas demais e tudo isso acaba fazendo com que eu não consiga passar, sei lá, da faixa 7, o que significa que eu não sei dizer se o The Hunting Party é bom porque eu nunca terminei de escutá-lo. Mas, pelo que conferi, também não posso dizer que é ruim. Ou seja: ele está no limbo.

Review do show do Linkin Park no Brasil aqui!

10. Taylor Swift – 1989 (2014)

tay1989

Sem dúvida a adição mais de última hora para esta lista. Confesso que quando escrevi a review do álbum na semana passada, eu estava completamente encantada por ele. Atualmente, nem tanto. Após mais algumas escutadas, comecei a achar as letras simples demais e algumas canções parecidas demais entre si e com repetições demais e sintetizadores demais e… muitos exageros, no final das contas. Talvez simplesmente falte um pouco da simplicidade do country no 1989, ou talvez o fato de eu não me identificar com a maior parte dos temas explorados pelas letras esteja me cegando um pouco. De todo modo, Taylor fez um bom trabalho adentrando o território completamente novo do pop oitentista e as músicas realmente ficam na cabeça e até podem te fazer dançar. E às vezes é só isso que a gente quer de um álbum: entretenimento para esquecer momentaneamente a realidade.

Review completa do 1989 aqui.

E assim terminamos nossa retrospectiva dos melhores momentos musicais de 2014! Algum álbum que vocês amaram entrou na listinha? Qual não poderia ter faltado de jeito nenhum e faltou? Contem pra mim! Aproveito para me despedir pois este é nosso último post de 2014, mas calma que a gente volta no ano que vem rs *eu adoro essas piadinhas!!!*. Um feliz ano novo cheio de bençãos e coisas boas pra todos os leitores do Fatia de Música! ❤

Especial Melhores de 2014:

Os 10 melhores covers de 2014

As 10 melhores músicas pop de 2014

Créditos da imagem de exibição: Midiorama

4 comentários sobre “Playlist: Os 10 melhores álbuns de 2014

  1. Alesson Gois disse:

    Opa, passando para conferir (e comentar) essa playlist! 😀

    Curti muito suas indicações. Bom gosto danado, viu? ^^

    Destaco o apreço por Sia. Como não amar? Muita emoção em cada canção. 🙂
    She & Him, está aí uma novidade que mal conheci e já considero pacas. xD Acho que essa onda vintage/hipster ainda sobrevive alguns anos e nos dará bons frutos.

    Jars of clay é uma máquina de reinvenção. Fico impressionado como os caras conseguem renovar o espírito e a sonoridade da banda, alcançando – de forma singular -, os corações daqueles acostumados com suas velhas canções. Genial.

    Mas confesso, Manuela: “Graça” do Baruk não me desce mesmo. Acho que, por enquanto, fico somente com o “Piano e Voz” mesmo e algumas soltas dos outros discos. O mesmo para Coldplay que, para mim, já está “cansado”. Já Taylor, fiquei surpreso com seu pop, mas acho que ficarei só contemplando o visual mesmo 😛 (Se bem que ela parece estar bem magrinha, não?)

    Quanto os Arrais, continuo achando-os letristas fora de série, mas a sonoridade é pra lá de desestimulante. Não pelo estilo, acho folk muito bom (tipo, Eduardo Mano), mas a persistência de segurar sílabas enquanto canta me tira a paciência.

    Que 2015 nos traga muita música boa!

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    • Manuela Moraes disse:

      Oi, Alesson! 😀

      Finalmente respondendo seu comentário, desculpa a demora! Fiquei feliz por vc ter gostado das indicações, especialmente de Sia, que sem dúvida ~~reinou~~ nesse universo pop em 2014 (mas sinto falta de uma divulgação maior pra esse álbum dela, kd mais clipes, kd mais apresentações, né). Sobre She & Him: CONHEÇA, apenas. Conheci o duo em 2012, viciei em 2013 e nunca, jamais parei. É música vintage de primeira qualidade, negócio pra escutar e ficar feliz!

      Sobre Jars: nem tem o que comentar, né? Banda favorita sempre e pra sempre. Não conheço nenhuma que se iguale a eles em termos de essência e de letra (e de voz do maravilhoso Dan Haseltine – sdds show do Jars aqui :~). Sobre o Graça, entendo que possa ser difícil. Eu demorei um pouco pra me acostumar com o fato de que ele engloba todos os gêneros já criados pelo homem, mas hoje curto demais, possivelmente também por causa dessa falta que a gente tem de música cristã de qualidade aqui no Brasil. Baruk é um dos que se salvam e eu preciso disso, preciso de músicas assim na minha vida. Sobre o Coldplay, Chris Martin disse que o próximo álbum deles será o último, mas ele já falou isso tantas vezes que quem acredita, né? rs E Taylor é magrinha desde sempre (mas o visual do álbum é bem lindão mesmo). xD

      Eu também tenho probleminhas com essas seguradas de sílabas dos Arrais (principalmente pq fica difícil pra eu fazer um cover desse jeito), mas ainda acho que eles precisam melhorar nas letras. Consigo ver uma certa inocência no jeito que eles escrevem, parece que eles simplesmente pegam o que tem na cabeça e colocam no papel, mas não é bem assim que funciona, né? Cê tem que fazer a letra também pensando no interlocutor que não está dentro da sua cabeça e que precisa de uma sequência de começo-meio-fim pra entender o contexto da música.

      Que 2015 nos traga muita música boa e mais álbuns do que cabem numa lista dessa!
      Muito obrigada pelo comentário, Alesson!
      Beijão. :*

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      • Alesson Gois disse:

        Tranks!

        Realmente Sia merece um destaque maior, mas acredito que é questão de tempo. Sobre a dupla, ouvirei sim. Curti muito!

        Quanto ao Baruk, apesar de ainda não ter o privilégio de assistir uma apresentação dele, tenho certeza que ao vivo deve ser mais contagiante.

        Sobre os irmãos arrais, acredito justo o contrário: as letras são bem humanas e inspiradas. Acho que pelo alto teor de sinceridade, eles acabam dando essa impressão de inocência. Sem falar que concordo que o artista deve pensar no interlocutor, mas isso não é regra. Creio que faz parte da arte tentar ser entendida (vide Zé Ramalho e cia com suas letras altamente subjetivas).

        Simbora pra boa música em 2015!

        Ahh, lá no Apenas Música eu fiz o meu Top20 também. Quando puder, dá uma conferida: http://www.apenasmusica.com.br/principal/toptop2014-os-melhores-discos-ano-parte-2/

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      • Manuela Moraes disse:

        Ah, Baruk ao vivo é um espetáculo à parte! Já vi o rapaz ao vivo 2x no Oxigênio e sempre, sempre vale muito a pena. Ele tem essência mas também é um showman e sabe animar/entreter a galera! ❤

        Vou conferir sim, Alesson! Beijos!

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