Indicados ao Grammy: Melhor Canção de Rock (+ mini-reviews!)

O Grammy já é no próximo domingo e claro que o Fatia de Música não poderia deixar passar essa festividade tão legal para a música! Tá, a gente poderia passar horas falando sobre o quanto essas premiações são válidas ou não, mas o fato é que o Grammy tem tradição e de fato celebra artistas que têm qualidade, como iremos testar na playlist abaixo. Como não deu pra escutar todos os álbuns indicados a Melhor Álbum de Rock, decidi escutar e analisar brevemente as indicadas a Melhor Canção de Rock. Ou seja: coisa rápida e ficaz! Vem comigo!

1. Paramore – Ain’t It Fun

Ver o Paramore nessa categoria dá uma alegria ao coraçãozinho já que sou fã da banda faz anos e me viciei no álbum self-titled desde o seu lançamento. Pode perguntar: sei todas as músicas (ou quase isso rs)! Ain’t It Fun não foi uma das minhas preferidas e confesso que demorei um pouco a apreciar o verdadeiro valor irônico da canção, um ode a um dos fatos mais básicos da existência humana: todos estamos aqui sozinhos. A performance vocal de Hayley é bem interessante e mais controlada, sem seus famosos gritos agudérrimos, o que deixa a música bastante agradável de se escutar. O coral é um plus que complementa a ideia de que “estamos todos sozinhos então não estamos tão sozinhos assim” e a melodia é gostosa de se escutar também. Em geral, Ain’t It Fun não é uma canção sensacional e ground-breaking, mas talvez tenha sido indicada por possuir algo que falta na música hoje em dia: essência.

Ah, e o clipe é BEM legal também.

2. The Black Keys – Fever

A primeira vez que escutei Fever coincidentemente também foi a primeira vez que parei para escutar The Black Keys e confesso que esperava algo mais… agitado. Com o passar da minha maratona da banda, notei que ela era mais uma dessas bandas de rock alternativo que existem hoje em dia, cujo objetivo não é fazer você bater cabeça em uma arena, e sim, usar o máximo de sons diferentes que o conhecimento musical dos músicos permite. Eu particularmente não curto muito esse estilo porque acho que falta um certo tipo de “tempero” nas músicas, ou seja: pelo menos no meu caso, eu escuto a canção e não sinto nada, o que é o caso de Fever. Não posso negar que ela é bem construída, com uma letra interessante e um clipe mais ainda. Mas, para mim, falta energia.

3. Jack White – Lazaretto

Confesso: tenho medo do Jack White. Sempre que vejo qualquer coisa desse homem, existe uma atmosfera mística e meio do coisa-ruim ao redor, então eu nunca escutei muito do trabalho dele. Minha experiência com Lazaretto começou bem pois já notei uma vibe do rock mais agitado e sexy que eu adoro e percebi que a música seria algo diferente do que tem tocado nas rádios atualmente, mas confesso que quando li a letra… alguma coisa travou em mim. Desculpem, mas não dá pra gostar de uma música que fala de Deus da maneira mais irônica e até blasfema possível. Apesar disso, a melodia é bastante elaborada e gostei particularmente do final em que parece que o Jack estava no estúdio simplesmente tirando um som aleatório, alguém gravou e resolveu incluir na música. É delicioso pensar em um ambiente assim.

4. Beck – Blue Moon

Finalmente uma coisinha mais acústica nesta lista de indicados! Quando vi o nome “Beck”, logo pensei: “Isso é aquela banda britânica que eu sempre pensei em escutar mas nunca escutei?”. E a resposta é: NÃO rs! Beck Hansen é um cantor americano e Blue Moon é o primeiro single do seu novo álbum, Morning Phase, no qual todas as músicas são ambientadas no período da manhã. Acho que posso definir a canção como algo de rock alternativo misturado com rock britânico misturado com acústicos e uma boa dose de synthpop, já que é tudo muito cheio de efeitinhos e sintetizadores. Achei bastante agradável de escutar e adorei os arranjos, tanto de cordas como na flauta. Gostei da letra também. Inclusive, vou escutar Blue Moon novamente agora.

5. Ryan Adams – Gimme Something Good

Taí um nome que a gente geralmente não vê nas paradas: Ryan Adams. Eu particularmente não sei quem é e não conheço o trabalho dele, mas gostei da música. É um rock mais tradicional, calmo e que simplesmente vai levando você. Ou seja: dificilmente daria errado. Na verdade, a primeira coisa que chamou minha atenção quando Gimme Something Good começou foi a voz do Ryan: uma delícia de se escutar, e vale dizer que é raro eu encontrar uma voz masculina que realmente me agrade. Os arranjos com guitarras alternadas com violão são ótimos, dando um tom rock ‘n roll e ao mesmo tempo acústico à música. Gostei bastante da letra também, bem no estilo que eu curto: sombria na medida certa. Uma boa surpresa nesta lista.

No geral, podemos perceber que a seleção de indicados foi bem democrática por reunir as mais variadas vertentes do rock ‘n roll. Também foi legal notar que todas elas têm uma temática em comum: a percepção sombria sobre a vida, o que é uma das características que mais me atraem no gênero. E após analisar cada canção separadamente, vamos ao ~BOLÃO FATIA DE MÚSICA~:

Quem eu gostaria que ganhasse: Paramore

Quem eu acho que vai ganhar: Jack White ou The Black Keys

E aí, quem vocês acham que vai levar o Grammy de Melhor Canção de Rock de 2015? Discordam de alguma coisa que comentei nas reviews? Contem pra mim! (:

Ah, nossa série com os indicados ao Grammy retorna na quinta-feira com os indicados a Melhor Canção de Pop e no domingo, dia da premiação, com a Música do Ano. Vejo vocês lá!

5 comentários sobre “Indicados ao Grammy: Melhor Canção de Rock (+ mini-reviews!)

  1. Hemylle disse:

    Não importa o que aconteça, vou sempre achar Paramore a melhor opção. Sério. hahaha Adoro a banda faz tempo, e essa música é massa. Só que assim, né? Eu acho que essa música é mais pop que rock. É um rock muito leve. Quando eu penso em rock só consigo imaginar AC/DC ou Foo Fighters, por exemplo. hihihi

    PS.: MANUELA, COMO COLOCA ESSA MINIATURA DO SPOTFY NOS POSTS? ALOKA!hahahahahah

    Beijo, sua linda! ❤

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    • Manuela Moraes disse:

      HAHAHA Peura marcou nossa adolescência/juventude mesmo, Lee! ❤ E de fato, essa música tem uma vibe pop assim como o self-titled em geral, né? Quando falei nas várias vertentes do rock, pensei nela do tipo "ela representa um rock mais pop", tá lgd? E sobre Foo Fighters: PURE ROCK 'N ROLL, até porque ela tem um DEUSO do gênero como vocalista, né? ❤

      PS: MIGA, É SUPER EASY!!! Cria a playlist no próprio Spotify, clica na bolinha com reticências (q) e seleciona "Copiar link para incorporar", algo assim. Daí cê vai no post do blog e seleciona TEXTO em vez de VISUAL pra aparecer o HTML da postagem e cola lá onde vc quiser que fique a miniatura! É mais rápido que qualquer outra coisa que vc faça no blog! HAHAHA #ManusiniaDosTutoriais

      Beijão, amore! ❤

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  2. Clara Alves disse:

    Gente, nem sabia que Paramore tava concorrendo ❤ Não conheço os outros mas vou parar pra ouvir. Acabei aprendendo a apreciar Ain't It Fun também. Quando a gente tenta comparar com as antigas perde um pouco o encanto, mas quando pensa na nova fase da banda é uma música muito boa haha Tomara que ganhe!

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    • Manuela Moraes disse:

      Pois é, quando lembrei disso fiquei surpresa de novo! ❤ Eu particularmente prefiro o ~Peura~ nessa nova fase pois eles estão bem mais maduros como músicos e a sonoridade tá menos na vibe emo hahaha! Mas sdds The Final Riot, sempre. ❤

      Obrigada pelo comentário, Clara! Ah, gostei do seu blog, viu? Quero saber como é morar em Dublin! *.*
      Beijão!

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      • Clara Alves disse:

        Ops, agora que vi sua resposta! haha
        Também tô curtindo essa vibe deles, mas confesso que sinto falta de uma pegada mais rock. Mas gosto deles de qualquer forma. Fico muito feliz quando uma banda me ensina a mudar junto com eles e o talento do grupo é incrível ❤

        Que bom que gostou! Olha que também tô querendo saber hahaha ansiedade a mil

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